São Paulo (AE) – O ex-prefeito da cidade de Rio Maria, no interior do Pará, Adilson Carvalho Laranjeira, não teve atendido recurso apresentado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) no qual pretendia a anulação da sentença que o condenou a quase 20 anos de prisão como mandante do assassinato do sindicalista João Canuto de Oliveira, ocorrido naquela cidade, em 1985. A decisão do STJ foi unânime.
O caso Canuto levou o Brasil à condenação, em abril de 1998, pela Corte Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) em razão de ter havido demora no julgamento do crime e por não ter o Estado garantido proteção ao sindicalista, que havia denunciado ameaças. João Canuto foi o primeiro presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Rio Maria e foi executado com 18 tiros. Era uma liderança em ascensão, o que teria incomodado as forças políticas dominantes na cidade.