A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira (11), em Piracicaba, interior de São Paulo, o ex-prefeito do município alagoano de Satuba (Maceió), Adalberon de Moraes Barros, que estava foragido desde dezembro de 2005. Adalberon é acusado de envolvimento em vários assassinatos, entre eles do professor Paulo Bandeira, queimado vivo em junho de 2003, depois de denunciar o ex-prefeito por desvio de recursos do Fundo de Nacional de Valorização e Desenvolvimento do Ensino Fundamental (Fundef).
O ex-prefeito de Satuba é acusado também de participação nos assassinatos da feirante Gizele Suplime dos Santos, ocorrido em julho de 1997; do assessor parlamentar Jeams Alves dos Santos, registrado em dezembro de 2002; e do amante da sua ex-esposa, Fátima Pedroza, Carlos André Fernandes Santos, em outubro de 2005.
Ele ainda responde por pelo menos outros dez processos criminais além de ter sido condenado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) este anos no processo que foi originado pela denúncia do professor Paulo Bandeira. As primeiras informações dão conta que o ex-prefeito estava usando documentos falso.
O assassinato de Paulo Bandeira ganhou repercussão internacional pela crueldade como fui executado – o professor foi seqüestrado torturado, amarrado vivo no banco do carro e incendiado – e pelo motivo. Na época, o professor estava juntando documentos para denunciar o ex-prefeito de desvio de recursos do Fundef.
Antes que sua denúncia chegasse às autoridades, Bandeira foi seqüestrado, torturado e morto – queimado vivo. Apesar de ter sido pronunciado como mandante do crime, Adalberon ainda não foi julgado. A Justiça e Ministério Público Estadual aguardam a transferência dele para Alagoas, para marcar o julgamento.