Testemunhas de defesa dos dois policiais acusados de participação na chacina na sede da torcida organizada Pavilhão 9 começaram a ser ouvidas na tarde desta segunda-feira, 21, no Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo.

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O ex-policial militar Rodney Dias dos Santos está sendo responsabilizado pelo Ministério Público pelas oito mortes ocorridas no dia 18 de abril do ano passado na sede da torcida Pavilhão 9, na zona norte de São Paulo.

De acordo com o promotor Rogério Zagallo, as provas existentes são muito fortes. “Em relação ao Rodney certamente ela será pronunciado e quando for julgado será condenado”, afirma o promotor.

No próximo dia 27 de junho, Rodney Dias dos Santos, que está preso há dez meses no CDP de Pinheiros, e Walter Pereira da Silva Junior serão interrogados.

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Silva Junior, que trabalha no Batalhão da Policia Militar de Carapicuíba, na Grande São Paulo, também é suspeito de participar do crime, mas responde ao processo em liberdade.

De acordo com o MP, a causa dos assassinatos seria uma desavença entre o ex-PM e uma das vítimas: Fabio Neves Domingos.

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O crime aconteceu na noite de um sábado, dia 18 de abril, véspera de um clássico entre Corinthians e Palmeiras, na zona oeste da capital paulista. Apesar de ter sido um dia de festa na sede da Pavilhão 9, apenas 12 pessoas estavam no local quando três homens encapuzados invadiram o local, portando pistolas calibre 9 mm – as armas usadas pela PM são .40. Quatro conseguiram fugir, entre eles um faxineiro poupado pelos assassinos.

As vítimas eram homens entre 19 e 38 anos e metade já havia sido acusada de tráfico de drogas. Para os policiais, no entanto, o alvo era um só: Domingos. Os demais morreram por estarem no lugar errado, na hora errada. Logo após a chacina, os policiais descartaram a hipótese de rixa entre torcidas organizadas e afirmaram o tráfico como a principal linha de investigação.