O advogado e policial militar aposentado Mizael Bispo de Souza, indiciado pela morte da advogada Mércia Nakashima, manteve em depoimento dado hoje à polícia a versão de que é inocente e que na noite da morte da ex-namorada estava em um carro com uma mulher em frente ao Hospital Geral de Guarulhos, na Grande São Paulo, informou seu advogado, Samir Haddad Junior. De acordo com ele, o interrogatório tomado no Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), no centro de São Paulo, teve momentos de tensão.
Apesar da alegação do ex-namorado de Mércia, o delegado encarregado do caso, Antônio Olin, afirmou ontem que o vigia Evandro Bezerra da Silva, também indiciado pelo crime, contou que ele e Souza passaram por uma viatura da Polícia Militar (PM) quando voltavam da represa de Nazaré Paulista, no interior do Estado, na noite de 23 de maio – o corpo da advogada foi encontrado no local no dia 11 de junho. A polícia confirmou que havia um carro da corporação no local e horário indicados pelo suspeito.
O delegado, então, descartou uma acareação entre Souza e o vigia. “Tenho certeza que eles são culpados. O vigia detalhou ontem que os dois passaram por uma viatura da Polícia Militar, em uma estrada de Bonsucesso, que leva à casa de Mizael. Já conferi e a viatura estava mesmo no local descrito, por volta das 22 horas, registrando um acidente entre um carro e uma moto”, explica Olin.