Belo Horizonte (AE) – Em depoimento prestado ontem na 16.ª Delegacia de Polícia, na capital mineira, o cabo reformado José Resende Filho, de 55 anos, complicou ainda mais a situação da mulher acusada de ter jogado a filha de dois meses na Lagoa da Pampulha, no sábado passado. O militar reformado relatou ao delegado Hélcio Sá que a promotora de vendas Simone Cassiano da Silva, de 27 anos, com quem namorou entre 2001 e 2003, tentou matá-lo em pelo menos três oportunidades. Já o atual namorado de Simone, o representante comercial Jefferson, de 57 anos, que se recusa a revelar o seu sobrenome, não acredita ser o pai do bebê. O representante comercial fará um exame de DNA para ter a paternidade atestada ou não.

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Além de ter acusado Simone de tentativa de homicídio, o militar reformado disse ainda que Simone trabalha como garota de programa na capital mineira, sendo conhecida em pontos tradicionais de prostituição da cidade. ?Sempre acreditei que ela seria capaz de fazer uma coisa terrível como essa. Ela tentou me matar três vezes. Saía de casa à noite e só voltava de madrugada, bêbada e drogada, após os programas que fazia. Inclusive, ela é conhecida em diversos pontos de prostituição de Belo Horizonte?, revelou.

O atual namorado da vendedora relatou à polícia que a namorada escondeu dele a gravidez. O representante comercial Jefferson não acredita ser o pai da menina. Porém, se for confirmada a paternidade, o advogado garante que ele irá brigar na Justiça para ter a guarda da filha. ?Ninguém na minha casa sabia que ela estava grávida. Nem eu nem a minha empregada tinha conhecimento disso. Caso realmente seja o pai, vou requerer a paternidade para criar a minha filha?, afirma ele, que se submeteu à coleta de amostras de sangue para que seja feito o exame de DNA o qual vai comprovar se ele é o pai da criança. O delegado pedirá urgência ao Instituto de Criminalística, para que o resultado do exame saia em, no máximo, dois dias.

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