O Tribunal de Justiça (TJ) de Goiás condenou o ex-médico Marcelo Caron a oito anos de reclusão em regime semiaberto e a pagar indenização de R$ 30 mil à família da advogada Janet Virgínia Novais Falleiro, morta após complicações supostamente decorrentes de uma lipoescultura efetuada por ele em janeiro de 2001.
O julgamento foi concluído ontem à noite no 2º Tribunal do Júri, em Goiânia. Caron poderá recorrer da sentença em liberdade. Ele deixou o tribunal reafirmando ser inocente e voltou a responsabilizar outros médicos pela morte da advogada, que teve as alças do intestino perfuradas durante a cirurgia.
“Quando a outra equipe assumiu (a cirurgia), defendi a necessidade de colocar um dreno no local, mas os colegas não seguiram minhas recomendações. Fui afastado do caso e o resultado foi fatídico. Apenas após a terceira cirurgia é que admitiram que realmente o dreno era necessário. Mas aí já era tarde demais”.