Os 800 homens da Brigada de Infantaria Paraquedista do Exército que participam do cerco ao Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, são comandados pelo general-de-brigada Fernando Sardenberg, que esteve à frente por sete meses da missão de paz brasileira no Haiti. Questionado sobre as semelhanças entre as duas situações, ele evitou generalizar, mas disse que “a situação do Rio é preocupante.”

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“Quando chegamos ao Haiti, a situação era extremamente perigosa. Aqui no Rio, eu diria que o momento é preocupante. Encarei essa missão com tristeza, pois se trata da minha cidade”, disse o comandante.

Segundo ele, dos 44 acessos do Complexo do Alemão o tráfego de veículos será permitido em apenas quatro. “Nossa missão é exclusivamente nesses eixos de acesso ao Complexo do Alemão. Nossa intenção não é abrir fogo contra ninguém, a não ser em casos de legítima defesa”, disse o general.

Alguns paraquedistas que atuam nessa missão do Alemão já estiveram lá em 2000, durante uma operação de busca dos militares por armamentos roubados. A tropa dispõe de fuzis parafal, com alcance de 600 metros, pistolas e também 40 veículos, entre motocicletas, caminhões e jipes.

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O efetivo ainda conta com cinco carros de combate do modelo Urutu, dotados de metralhadora calibre ponto 50. “Essas metralhadoras têm a função de dissuadir o inimigo”, explicou. A princípio, os Urutus estarão posicionados nos quatro principais pontos de fluxo de pessoas e veículos da comunidade, no apoio à tropa, que fará revista de suspeitos e veículos em todos os acessos.