Jeter Rodrigues Pereira, ex-assessor do gabinete do atual presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Fernando Capez (PSDB), deu nesta terça-feira, 13, nova versão sobre o cheque de R$ 50 mil que recebeu de um lobista por um contrato de consultoria com a Cooperativa Agrícola Orgânica Familiar (Coaf) para ajudá-la na licitação da Secretaria Estadual da Educação para a compra de suco de laranja da merenda escolar no governo Geraldo Alckmin (PSDB).

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Pereira depôs à CPI da Merenda da Assembleia Legislativa de São Paulo. Ele, que assinou contrato de consultoria de R$ 200 mil com a Coaf, disse aos deputados da CPI que foi coagido por José Merivaldo dos Santos, também ex-assessor de Capez, a repassar-lhe o cheque de R$ 50 mil para não ser alvo de sindicância interna. Segundo Pereira, o processo seria aberto porque ele rubricou um ofício enviado à Secretaria da Segurança Pública em nome do deputado pedindo a transferência de um delegado sem a autorização do parlamentar.

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“Merivaldo me procurou dizendo que o deputado estava muito nervoso e que ia abrir um processo administrativo interno por ter encaminhado o ofício sem o conhecimento dele. E disse que se eu passasse para ele o contrato, ele, como amigo do deputado, ia me ajudar para não abrir procedimento”, afirmou Pereira. “Fui coagido a passar para ele por causa daquele ofício de transferência de um delegado”, completou o funcionário aposentado da Alesp.

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Em março, Pereira disse em depoimento à Corregedoria-Geral da Administração do Estado (CGA) que “propôs uma parceria” com Santos “para auxiliá-lo no contrato com a Coaf” porque “nunca tinha realizado um contrato de consultoria” e por saber que ele “já tinha prestado serviço de assessoria”. Nos dois depoimentos, Pereira inocenta Capez. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.