Os pais do aluno com necessidades especiais de 9 anos, vítima de um estupro coletivo por outras crianças na escola da rede municipal de Fortaleza, foram ouvidos nesta terça-feira, 14, na Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA). De acordo com o pai, que pediu para não ser identificado, o garoto continua muito abalado, mas já voltou a frequentar as aulas em uma nova escola. A família, que é muito humilde, procura ajuda jurídica para processar o município. Nesta quarta-feira, 15, eles vão ao Conselho Tutelar do bairro João XXIII.

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O estupro coletivo, de acordo com o pai da vítima, teria ocorrido na segunda-feira, 6, na escola municipal Gabriel Cavalcante, no bairro Presidente Kennedy. Os pais do menino dizem que o ele foi violentado sexualmente por cinco garotos. A mãe da vítima, que também pediu a preservação do seu nome, disse que o grupo se dividiu: uns o seguravam, enquanto outros tapavam a boca do filho dela para não gritar, e os demais o violentavam. Após o estupro, o menino teria comunicado o fato à direção da escola, mas a diretora não acreditou no relato da criança.

“Segunda-feira, eu encontrei meu filho, às 17 horas, quando fui buscá-lo no colégio. Ele vinha sozinho, chorando, muito nervoso, se tremendo, e eu perguntei o que tinha acontecido. Ele disse que os meninos o pegaram e fizeram maldade com ele. Fomos à delegacia, fizemos um boletim de ocorrência para pegar uma guia para ir ao Instituto Médico Legal. Depois, pedi a um colega o telefone do Conselho Tutelar que nos buscou e nos levou ao IML, e foi constatado que meu filho tinha sido violentado”, disse o pai.

A família registrou boletim de ocorrência no 34º Distrito Policial. O menino já havia relatado outras agressões e bullying na escola. De acordo com a titular da DCA, Iolanda Fonseca, todos os envolvidos foram intimados para depor. Além dos pais da vítima, serão ouvidos funcionários da escola, diretoria e os responsáveis pelas crianças suspeitas de serem autoras da agressão.

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De acordo com a Secretaria Municipal de Educação de Fortaleza, a denúncia está sob o cuidado do Conselho Tutelar e uma sindicância apura o caso.