Embora seja um dos dinossauros mais famosos, o gigantesco brontossauro era visto pela comunidade científica como um caso clássico de erro de classificação. Desde 1903, especialistas acreditavam que os animais identificados como brontossauros, na verdade, pertenciam ao gênero Apatosaurus, outro imenso réptil pré-histórico.
Agora, no entanto, um estudo feito por cientistas portugueses e britânicos provou que o brontossauro é realmente distinto do apatossauro, restabelecendo sua classificação como um gênero próprio e único. O trabalho, de 300 páginas, foi publicado ontem na revista científica PeerJ.
O brontossauro – nome que significa “lagarto trovão” – foi descoberto em 1870, habitou o planeta há cerca de 150 milhões de anos e tinha, aproximadamente, 30 toneladas. Era herbívoro e andava sobre as quatro patas.
Desde 1903, entretanto, os paleontologistas decidiram que as diferenças entre sua principal espécie, o Brontosaurus excelsus, e o apatossauro eram tão pequenas que seria mais adequado classificá-los como pertencentes a um só gênero. E como o apatossauro foi nomeado antes, o seu prevaleceu, de acordo com as regras de nomenclatura científica.
Pesquisas
Nos últimos anos, várias descobertas de répteis similares ao apatossauro e ao brontossauro permitiram que os cientistas, por meio de abordagens estatísticas, investigassem a fundo as diferenças entre eles. Assim, com um único estudo, os especialistas refutaram mais de um século de pesquisas, “ressuscitando” o brontossauro.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.