Pesquisadores americanos e um brasileiro mostraram que certas substâncias podem induzir a formação de memórias de longa duração em camundongos. Recordações de curto prazo podem durar apenas poucos segundos. Já as de longa duração armazenam conhecimento, como lembranças individuais ou linguagem. No trabalho publicado na Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), os cientistas exploraram o funcionamento de genes que, durante a formação das recordações de longa duração, produzem proteínas que reforçam as sinapses responsáveis pela fixação da memória.

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As enzimas chamadas histonas desacetilases (HDACs) freiam a ação dos genes e impedem a formação das memórias. Os pesquisadores usaram uma substância capaz de inibir as HDACs: o butirato sódico. Os roedores que receberam o fármaco foram capazes de reconhecer objetos manipulados durante três minutos por mais de uma semana. Sem o remédio, um dia seria suficiente para desvanecer a lembrança.

O aluno do Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Gustavo Reolon, permaneceu seis meses nos Estados Unidos para colaborar na pesquisa da Universidade da Califórnia, em Irvine. Seu retorno coincidiu com a publicação do artigo. 

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