O Ministério da Saúde vai realizar, durante o primeiro semestre de 2015, um estudo de soroprevalência que vai ajudar a definir grupos populacionais e áreas prioritárias para o recebimento das primeiras doses de uma vacina contra a dengue. De acordo com o coordenador do Programa Nacional de Controle da Dengue do Ministério da Saúde, Giovanini Coelho, a pesquisa estará pronta até junho e vai balizar um plano de introdução da vacina de dengue no Brasil, que deve ficar pronto até o fim do ano.

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A declaração foi feita durante a Reunião Macrorregional Sudeste, Sul e Centro Oeste, promovida pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira, 24, no Rio de Janeiro, para acompanhar a situação da dengue e da febre chikungunya (também transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti) em Estados e municípios.

“Esse estudo vai apontar para a gente, entre outras coisas, qual é a população ideal para ser vacinada, quais as áreas mais importantes e prioritárias”, explicou Coelho. “Não podemos esquecer que nós temos um cenário, pelo menos a curto prazo, de quando essa vacina tiver disponível, de pouca disponibilidade de vacina.” O especialista destacou que 1,2 bilhão de pessoas vivem em áreas endêmicas de dengue no mundo.

A vacina em fase mais adiantada de testes vem sendo produzida pelo grupo francês Sanofi Pasteur. Segundo a empresa, o produto será lançado no fim deste ano ou no início de 2016. A vacina está pronta, mas ainda precisa ser liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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Também se encontra em fase de testes uma vacina desenvolvida pelo Instituto Butantã. Pelo cronograma inicial, ela só deve estar disponível em 2018. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou na semana passada que encaminharia um pedido de autorização especial à Anvisa para adiantar a produção do imunizante, o que foi descartado nesta segunda-feira, 23, por Coelho.