Estudo aponta risco de expansão da febre amarela

Estudo financiado pelo Ministério da Saúde alerta para uma ?ameaça potencial à expansão territorial do vírus da febre amarela silvestre? no País, ?com conseqüências imprevisíveis para a saúde pública?. Segundo o trabalho, publicado na edição de janeiro de revista do Sistema Único de Saúde (SUS), a presença do mosquito Aedes albopictus em áreas de circulação do vírus da febre amarela traz risco de ressurgimento da forma urbana da doença, uma vez que o inseto consegue viver nas matas e nas cidades. Isto é, poderia ser a ponte para que o vírus, que hoje circula apenas em matas, passe a transitar também em áreas urbanas.

Em entrevista à reportagem, um dos autores do estudo destacou que ainda não foi comprovado o envolvimento do Aedes albopictus em casos da doença entre humanos. No entanto, afirma, o trabalho alerta para que a vigilância de focos do A. albopictus seja adotada como ação preventiva contra a expansão da doença, nos moldes da vigilância feita hoje sobre seu ?parente?, o Aedes aegypti, transmissor da dengue.

?Corremos um sério risco. Todos os testes mostram que este mosquito é suscetível ao vírus da febre amarela. Se ele é suscetível, e transita em área onde há circulação do vírus, pode fazer a ponte deste e de outros vírus silvestres para as áreas urbanas?, afirma Almério de Castro Gomes, um dos pesquisadores , ligado ao Departamento de Epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo.

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