Os alunos que participaram da ocupação da Escola Estadual Antonio Padilha, em Sorocaba, no interior de São Paulo, estão sendo convocados para se explicar ao Conselho da Escola. Os estudantes podem ser punidos pela depredação das instalações, ocorrida durante a ocupação da unidade em protesto contra o plano de reorganização escolar do governo estadual.

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Uma das atribuições do conselho, formado por professores, pais de alunos e representantes dos alunos é deliberar sobre penalidades a que estiverem sujeitos servidores e alunos da unidade escolar.

O diretor da escola, Luiz Antonio Jorge, decidiu convocar o conselho depois de concluir um levantamento dos estragos produzidos na unidade durante as duas semanas de ocupação – a escola foi desocupada na noite de segunda-feira, 7.

O relatório aponta o arrombamento de portas, destruição de objetos como grades, móveis e câmeras do sistema de monitoramento, e o furto de materiais de educação física e de um aparelho de DVD. Houve ainda arrombamento e saque de alimentos, bebidas e produtos à venda na cantina terceirizada, de onde sumiram R$ 800.

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Jorge encaminhou relatórios dos danos e furtos à Polícia Civil, que também vai ouvir os alunos envolvidos, e às Promotorias locais do Ministério Público de São Paulo. Foram identificados através de fotos e imagens de câmeras pelo menos dez alunos supostamente envolvidos com as depredações durante o período da ocupação.

“As medidas estão sendo tomadas não em razão da ocupação em si, mas por conta da depredação e do furto”, disse Jorge.

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Segundo ele, ao ocupar a escola, os alunos se declararam responsáveis por tudo o que havia nela e houve dano e furto de patrimônio público. “Se eu não fizer nada, estarei prevaricando”, justificou.

As penalidades previstas no regimento da escola vão de simples advertência à suspensão, podendo chegar à transferência compulsória do aluno.

O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), que apoiou as manifestações dos alunos, vai acompanhar a apuração do conselho para que os alunos tenham garantida ampla defesa.

De acordo com o sindicato, durante os protestos contra a reorganização, estudantes ocuparam 24 unidades escolares na cidade e apenas na Antonio Padilha houve relato de incidentes.