As falhas nos cartões de respostas registradas no primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) dominaram as conversas dos candidatos que esperavam o início da segunda prova, no Rio. Os estudantes criticaram a falta de informação dos fiscais e o processo de impressão das provas. “Ficamos um pouco traumatizadas. Vamos ler o caderno de questões e o cartão de respostas com o dobro da atenção hoje”, afirmou Angélica Barbosa de Luna, de 18 anos, que faz a prova no câmpus do Maracanã da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

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Reunidos na entrada do prédio antes do exame, os candidatos afirmaram que, apesar da confusão, conseguiram receber a informação correta dos fiscais antes de terminar a prova. No entanto, o episódio criou um clima de incerteza e desconfiança em relação aos resultados do exame.

Os estudantes citaram inclusive o erro nas provas de cor amarela – que, em alguns Estados, tinham questões do caderno branco encartadas, de maneira incorreta. A falha não foi registrada no Rio, mas contribuiu para aumentar a tensão dos candidatos.

Apenas uma pessoa chegou ao câmpus da Uerj após o fechamento dos portões, às 13h01. Charles Moraes Abreu dormiu na casa de uma amiga e saiu com antecedência, para evitar atrasos. O candidato disse que enfrentou trânsito e só conseguiu chegar às 13h03. “Tinha me preparado muito para essa prova e cheguei só três minutos atrasado. Não tem jeito. Vou ter que tentar de novo no ano que vem”, disse, tremendo.

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