Os 100 estudantes que há 48 horas ocupam o prédio da reitoria da Universidade de Brasília (UnB) vão permanecer no local até que o reitor, Timothy Muholland, deixe o cargo. Ele é acusado de irregularidades na administração.

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Os estudantes estão trancados na reitoria e recebem apoio de outros alunos que estão acampados do lado de fora. Comida e bebida são compradas com recursos arrecadados de alunos e professores na própria UnB e encaminhados aos estudantes por meio de sacolas amarradas em cordas. Ontem [4], conseguimos arrecadar R$ 500 e compramos água, comida e papel higiênico, disse o o estudante de Geografia Gregório Borges.

Ele reclama que os 100 estudantes que estão dentro da reitoria são tratados como reféns pela segurança. "Eles não podem sair da sala e voltar e isso é um absurdo. Estamos no nosso direito de reivindicar e a ocupação é pacífica", disse.

Pela manhã, os acampados fizeram reunião para definir a estratégia de atuação durante o fim de semana. O temor é que a polícia retire força os manifestantes, mas, segundo Gregório, há a garantia do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, para que a polícia se mantenha distante da UnB.

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Sexta-feira, a Justiça do Distrito Federal determinou a desocupação do prédio. Os alunos afirmam que não sairão e que vão recorrer da decisão.

As principais reivindicações dos estudantes são a saída do reitor, Timothy Mulholland, e do vice-reitor, Edgar Mamiya, a dissolução do conselho da Fundação Universidade de Brasília (FUB) e a convocação de novas eleições diretas e paritárias imediatamente. A paridade entre professores, funcionários e estudantes nos conselhos e nas eleições da universidade são uma antiga reivindicação do movimento estudantil.

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