O estudante Filipe Masetti Leite, de 27 anos, está prestes a finalizar uma aventura difícil de imaginar. Ele saiu há dois anos do Canadá, onde reside, e somente agora está chegando ao Brasil após passar por 12 países e percorrer 16 mil quilômetros a cavalo. O ponto final de sua trajetória será Espírito Santo do Pinhal, sua cidade natal, localizada no interior paulista. Mas antes ele quer estar na Festa do Peão de Barretos (SP), em 23 de agosto.
A trajetória do “Cavaleiro das Américas”, como está sendo chamado, teve início no dia 8 de julho de 2012, em Calgary, no Canadá. Ele saiu com três cavalos, que se revezaram na cavalgada para evitar um desgaste excessivo. O amor pelas cavalgadas vem de criança. “Já vem até do nome, pois Filipe quer dizer ‘amigo dos cavalos’ em grego”, declarou o cavaleiro.
Após atravessar dois hemisférios, ele entrou no Brasil no início de julho com seus cavalos Quarto de Milha Bruiser e Frenchie, mais o Mustang Dude. Para realizar essa longa jornada, Masetti Leite contou com o apoio de entidades, criadores de cavalos e empresas norte-americanas.
O cavaleiro atribui boa parte dessa conquista aos animais. “Eles são heróis, 2014 é o ano do cavalo”, lembrou Masetti Leite. “Seja destino ou coincidência, o fato é que este é o ano em que vou recompensar meus melhores amigos com a liberdade. Mal posso esperar para permitir que eles sejam cavalos livres pelo resto da vida.”
Inspiração
O gosto pelos cavalos veio com o pai que já tinha um grande convívio com os animais. Já a inspiração para uma viagem tão longa veio do aventureiro Aime Tschifelly, que em 1952 ficou um ano e meio cavalgando entre a Argentina e os Estados Unidos.
Masetti Leite, que reside desde criança no Canadá – onde cursou jornalismo -, narra sua aventura em tempo real pelas redes sociais e pretende juntar tudo o relato da jornada em um livro e um documentário.