O TJ (Tribunal de Justiça) decidiu levar a júri popular o estudante de direito Caio Meneghetti Fleury Lombard, 23, que em 2008 invadiu um posto de combustíveis com um carro e atropelou o frentista Carlos Alaetes Pereira Silva, em Ribeirão Preto (313 km de São Paulo). Cabe recurso.
Além de atropelar o frentista, Lombard, que é de Franca (400 km de São Paulo), derrubou uma bomba de combustível e bateu em um carro estacionado, cujo motorista ficou ferido.
O caso ganhou repercussão após a divulgação das imagens do circuito interno do posto, que mostram o frentista embaixo do carro do estudante enquanto ele tentava sair do local. Silva sofreu ferimentos graves e ficou internado no Hospital das Clínicas por 20 dias.
De acordo com a assessoria de imprensa do TJ, foram afastadas as qualificadoras de impossibilidade de defesa das vítimas, meio cruel e perigo comum e, assim, o crime de tentativa de homicídio deixa de ser hediondo e passa a ser simples.
Mesmo assim, o advogado do estudante, Heráclito Mossim, diz não concordar com a decisão.
“Não estou conformado porque é um crime culposo, e não doloso”, afirmou. Mossim disse que irá aguardar a publicação do acórdão para examinar se irá recorrer ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) ou ao STF (Supremo Tribunal Federal).
Segundo a denúncia do Ministério Público, Lombard estava alcoolizado e dentro do carro foram encontrados frascos de lança-perfume. As imagens do posto mostram o carro atravessando o canteiro central da avenida Independência e depois, invadido o estabelecimento.
De acordo com o advogado, Lombard mora em São Paulo, onde faz faculdade de direito.