A estudante de mestrado de física da Universidade de São Paulo (USP) Patrícia Camargo Magalhães confirmou nesta quarta-feira (12) na Comissão de Relações Exteriores da Câmara os maus tratos que sofreu na Espanha, de onde foi deportada. Ela foi barrada no aeroporto de Madri, em fevereiro, quando se encaminhava para um congresso científico em Lisboa, capital portuguesa. Ela disse que abriu processo administrativo na embaixada espanhola no Brasil para que seja retirado o carimbo de negação de visto de entrada de seu passaporte.
Mas o Ministério das Relações Exteriores do Brasil já manifestou que tentará ajudá-la junto ao governo espanhol. A alegação do governo da Espanha era de que Patrícia não tinha carta-convite para o seminário em Portugal, dinheiro suficiente e reserva de hotel. Patrícia disse que enviou o fax do seminário, fez contato com o consulado brasileiro para pedir a entrada dela, mas o governo espanhol não voltou atrás.
O diretor do Departamento Consular do Itamaraty, Eduardo Grandilloni, afirmou que diante da grande procura aos consulados brasileiros os portos de atendimento no exterior deverão ser aumentados e deve ser criado também um call center para as reclamações. Só na Espanha, disse, são 150 chamadas diárias de brasileiros. Ele informou também que dos 110 mil brasileiros na Espanha, 70 mil já estão regularizados.
