O diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Guilherme Estrella, voltou a negar hoje que a CPI no Senado vá parar atividades ou investimentos da Petrobras e que ele esteja ameaçado de perder o cargo por pressões políticas do PMDB nas negociações em torno da investigação do Senado. “A empresa continua trabalhando normalmente”, afirmou hoje, em entrevista coletiva após evento em homenagem à Nuclep (Nuclebrás Equipamentos Pesados) no Clube de Engenharia, no Rio.

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Embora tenha dito no início da entrevista que “uma CPI certamente influencia na vida da companhia”, Estrella foi enfático nas declarações no sentido oposto, na linha das que fez ontem em audiência pública conjunta das comissões de Desenvolvimento Econômico e de Minas e Energia da Câmara, em que negou que a CPI prejudicará os investimentos do pré-sal.

Estrella afirmou que sua diretoria é importante, mas tanto quanto as outras e citou a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff: “a ministra disse que desconhecia pressão do PMDB para me substituir e que manifestava sua confiança em mim, o que me honra muito”.

O almoço do Clube de Engenharia acabou virando um desagravo à Petrobras. A iniciativa foi do homenageado, o presidente da Nuclep, Jaime Cardoso, que dedicou boa parte do seu discurso à estatal de petróleo, principal cliente da Nuclep. “Este almoço deve ser também de solidariedade à Petrobras na pessoa do diretor Guilherme Estrella”, disse Cardoso. “A Petrobras está sendo mais uma vez ameaçada por pessoas que não têm essa visão da soberania brasileira”, afirmou. Ele saudou Estrella como “o grande capitão da descoberta do pré-sal”.

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