O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), disse na manhã desta sexta-feira que a desapropriação das garagens de ônibus na cidade de São Paulo vai ajudar a diminuir o valor do subsídio pago pela Prefeitura na passagem do transporte público. “Se nós tivermos mais competição, o valor pode cair e custar menos para os cofres públicos”, disse Haddad. Além dos 12 espaços ‘estatizados’, outras 8 garantes e 22 áreas de manobra devem passar para o comando do governo municipal até o fim de março. Cerca de cem pessoas se reúnem na tarde desta sexta-feira na frente da Prefeitura, no centro da capital, para o sétimo ato do Passe Livre contra o aumento da tarifa.

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Atualmente, a Prefeitura desembolsa um total de R$ 1,6 bilhão para as empresas de transporte da capital. Com as novas garantes públicas, esse valor cairia, mas o prefeito não confirma quanto seria a economia. Haddad também refuta que as garagens gerariam uma queda no preço da passagem, atualmente em R$ 3,50. “A mensagem para a população é que podemos imaginar um serviço melhor, que custe menos para a Prefeitura”, afirmou.

O secretário de Transportes, Jilmar Tatto, explicou que as demais áreas que ainda não passaram para o poder público devem ser decretadas até o fim de março. “A tendência é que as 42 áreas que atualmente sejam privadas estejam de posse do poder público até o fim do próximo mês. Assim a gente garante uma competição muito boa na licitação deste semestre”, disse.

Atualmente, as empresas são as empresas são as próprias donas das garagens onde estacionam, consertam e abastecem os veículos. Em uma nova licitação, a lógica é que novos concorrentes seriam prejudicados e ficariam em desvantagem, já que não possuem terrenos para colocar a frota. “Se for para fazer licitação com as mesmas empresas, não é necessário abrir o edital. O nosso objetivo é dar condições aos empresários que quiserem vir para São Paulo, com um preço melhor, terem todas as condições”, afirmou o prefeito.

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