Em reunião com prefeitos da região do Alto Tietê realizada na manhã desta segunda-feira, 2, em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, o secretário estadual de Recursos Hídricos, Benedito Braga, disse aos presentes que o governo espera “um trimestre seco” entre março e maio e avisou que a situação “ainda é preocupante”. “Ainda não chegamos ao térreo do reservatório. Temos que estar preocupados, afirmou. “Estamos em penúria hídrica e financeira.”

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Cobrado pelos prefeitos sobre informações mais claras para a população, Braga afirmou: “Não há rodízio no nosso plano”. O secretário projeta “pouca” chuva em março, “muito pouca” em abril e “quase nada” nos meses seguintes. Sobre as previsões, porém, fez uma ressalva. “A previsibilidade do sistema climático é pior que o da economia.”

O secretário disse, ainda, que “a situação econômica da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) não é muito simples”.

A reunião, à qual o jornal O Estado de S. Paulo teve acesso, foi comandada pelo prefeito de Mogi das Cruzes, Marco Aurélio Bertaiolli (PSD) e contou com a presença do superintendente do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), Ricardo Borsari, e dos prefeitos de Arujá, Biritiba-Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Poá, Salesópolis, Santa Isabel e Suzano, cidades que formam o Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat).

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Os prefeitos reclamaram que a cobrança da crise da água recai sobre eles. “Municípios não têm gestão direta sobre a crise hídrica, mas a resultante dela recai sobre nossas cidades. É o prefeito que enfrenta o problema”, disse Bertaiolli. Eles relataram “frequentes visitas” à Sabesp e falta de água grave em suas cidades.

Braga ouviu cobranças duras dos prefeitos. “Precisamos de atitude. Só no cafezinho não dá”, disse o prefeito de Santa Isabel, Gabriel Bina (PV). Ele se queixou da falta de recursos para obras em sua cidade.

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