Estados Unidos não encontraram terroristas em Foz do Iguaçu

Montevidéu – O coordenador do departamento de Estado americano para a luta antiterrorista, Joseph Cofer Black, afirmou que os Estados Unidos não encontraram nenhuma célula da rede Al-Qaeda na região comum da fronteira entre o Brasil, a Argentina e o Paraguai. “Não identificados nenhuma célula da Al-Qaeda na Tríplice Fronteira”, insistiu Black, em entrevista à imprensa, durante a reunião do Comitê Interamericano contra o terrorismo (CICTE) da Organização dos Estados Americanos (OEA), que está sendo realizada até hoje, em Montevidéu.

Black afirmou que a cooperação entre os três países e os Estados Unidos foi “excepcionalmente boa” e levou estes governos à conscientização dos riscos potenciais na região. Ele destacou que mesmo não tendo células da Al-Qaeda na Tríplice Fronteira, as tropas americanas encontraram cartazes com imagens de Foz do Iguaçu em diversos esconderijos da organização descobertos no Afeganistão.

“Estamos procurando efetivamente ligações financeiras com grupos no Oriente Médio”, garantiu Black, destacando que os três países da região e os Estados Unidos estão conscientes de que as técnicas utilizadas são clandestinas. De um modo geral, Black acredita que a rede Al-Qaeda foi abalada pela campanha internacional contra a organização. “Dois terços de seus chefes foram presos, capturados ou mortos”, indicou, dizendo que mais cedo ou mais tarde os demais também prestarão contas à justiça.

Mas os Estados Unidos estão muito preocupados com o efeito incitante de alguns programas de televisão, com jovens que podem tirar conclusões erradas de determinados fatos que não compreendem e que podem estar ligados a grupos terroristas, segundo Black. Para o coordenador, a Al-Qaeda ainda é uma verdadeira ameaça. Nós estamos preocupados com estes terroristas que ainda não foram pegos”, admitiu.

“Os Estados Unidos estão preocupados com as ameaças tanto no exterior como no continente americano”, acrescentou. Há duas coisas que mais chamam a atenção dos Estados Unidos: a eventual existência de “vínculos financeiros do continente com o resto do mundo e, particularmente, com o Oriente Médio, e a possibilidade “de os grupos terroristas saírem de várias partes do mundo para buscar refúgio na região”.

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