O Colégio Nacional dos Secretários de Segurança Pública (Consesp) enviou ontem ao presidente da Câmara dos Deputados, deputado Arlindo Chinaglia, e ao presidente do Senado Federal, senador Renan Calheiros, um ofício em que 24 secretários da Segurança se posicionam contrários à legalização dos bingos e máquinas caça-níqueis.
?Debatido exaustivamente o tema, suas conseqüências e implicações, e considerando a existência de projetos de lei que propõem a legalização destas modalidades de jogo (bingos e máquinas caça-níqueis), resolvemos por unanimidade adotar uma postura contrária a qualquer possibilidade de legalização?, diz o ofício.
Segundo o presidente do Consesp e secretário da Segurança do Paraná, Luiz Fernando Delazari, o jogo é usado para lavar dinheiro e para a corrupção. ?A operação Hurricane, desencadeada pela Polícia Federal, e o trabalho realizado de combate ao jogo no Paraná têm mostrado isso?, afirmou Delazari.
Também foi enviado um ofício ao ministro da Justiça, Tarso Genro, em que o Consesp expõe a preocupação com o trabalho específico na segurança das fronteiras brasileiras. No oficio, o colégio pede o aumento do efetivo da Polícia Federal nas fronteiras e uma integração mais efetiva com as polícias estaduais.
?Nos preocupamos muito com a segurança nas fronteiras. É por lá que o problema do tráfico de drogas e armas começa?, diz o documento. O Consesp enviou outro ofício para a Secretaria Nacional da Segurança Pública (Senasp), em que autoriza, novamente, o envio de dados para o órgão, que informa a formação de uma comissão composta pelos secretários da Segurança do Pernambuco, Acre, Rio de Janeiro, Goiás e Paraná.
