Diante da decisão do Hospital São Paulo de suspender as internações eletivas, a Secretaria Estadual da Saúde deverá acionar nesta quinta-feira, 18, um plano de contingência para tentar absorver em outros hospitais os pacientes não atendidos pela unidade federal. A secretaria não descarta um repasse emergencial para o hospital.
“À semelhança do que tivemos quando a Santa Casa fechou o pronto-socorro (em julho de 2014), o plano de contingência define dez hospitais estaduais prontos para receber esses doentes”, disse, ao Estado, o secretário estadual da Saúde, David Uip. “A questão do dinheiro vou ter de discutir amanhã (hoje) com o governador porque não tenho autonomia para liberar uma verba extra sem a autorização dele.”
Uip confirmou que o governo estadual cortou, em maio, 10% do valor repassado ao hospital, mas negou que isso tenha levado à decisão da unidade de reduzir atendimentos. “O governo do Estado repassa anualmente R$ 56 milhões ao Hospital São Paulo de forma voluntária.
Por se tratar de um hospital federal, não temos obrigação. O problema do subfinanciamento é do Ministério da Saúde.” Ele disse que, além da verba fixa anual, a pasta repassou, em 2014, R$ 5 milhões emergenciais para que o pronto-socorro não fechasse.
O ministério informou que os repasses destinados ao hospital estão em dia e que a unidade recebe anualmente cerca de R$ 158 milhões para custeio de procedimentos feitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O órgão disse ainda que uma portaria de março garantirá repasse extra de R$ 12 milhões neste ano.
Questionada sobre o impacto da suspensão do atendimento nas unidades da Prefeitura, a Secretaria Municipal da Saúde não se pronunciou.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.