Estabilizado surgimento de casos de aids no Brasil

Brasília – No Dia Mundial da Luta contra a Aids, celebrado ontem, os números oficiais apontam para uma estabilização da doença no Brasil, ao contrário de outros pontos do mundo. Segundo relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU) na semana passada, mais pessoas morreram de aids em 2003 do que em qualquer outro ano desde o início da epidemia.

De acordo com o Ministério da Saúde (MS), a partir de 2000, houve uma estabilização no índice de novos casos registrados. Os números da aids no País, atualizados até o mês de setembro, registram 19.373 infecções nos últimos nove meses e uma mudança no perfil da doença, com o avanço maior entre os heterossexuais homens.

A resposta brasileira permitiu uma estabilização da epidemia, embora em patamares bastante elevados. A cada ano são 22 mil novas pessoas que adoecem e pelo menos 10 mil morrem. No Brasil, não apenas a mortalidade por aids diminuiu em 50% como a qualidade de vida das pessoas com a doença melhorou, sinal da eficácia da política de distribuição gratuita e universal dos medicamentos anti-retrovirais.

Desafio

Hoje, apesar dos bons números, em relação ao restante do mundo, o grande desafio no Brasil é fazer com que a população incorpore o uso do preservativo também nas relações heterossexuais estáveis. Outro grande desafio é sensibilizar a população para fazer o diagnóstico do HIV de forma precoce. O Ministério da Saúde estima que cerca de 600 mil pessoas não sabem que são portadoras do vírus HIV. Por isso, lançou em outubro deste ano a campanha Fique Sabendo, com o objetivo de mudar essa realidade. A meta é aumentar em 150% o número de testes realizados anualmente no País, passando dos atuais 1,8 milhão de testes para 4,5 milhões.

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