Receber um diagnóstico de câncer, independentemente do tipo, é difícil. E passar pelo tratamento pode ser ainda mais complicado, sobretudo se o paciente realizar procedimentos como radio e quimioterapia.
Um dos efeitos da busca pela cura do câncer pode ser a perda de pelos do corpo, como a sobrancelha.
Pensando no sofrimento de quem está nessa situação, a especialista em micropigmentação Maria Fernanda Prata, que mora em Curitiba, no Paraná, decidiu reservar um espaço na agenda dela para atender algumas pessoas que não conseguiram restabelecer os fios.
O projeto ‘Sobrancelhas do bem’ nasceu em 2018 desse desejo de auxiliar e melhorar a qualidade de vida de quem luta contra o tumor. Não há custo para o paciente e as vagas variam de acordo com a agenda da especialista. O único requisito para quem tiver interesse em reconstruir ou redesenhar a sobrancelha, é a autorização médica prévia para marcar um horário.
“Antes de qualquer coisa é importantíssimo que a pessoa interessada tenha liberação médica para o procedimento. Cada caso é um caso, e a micropigmentação só será realizada com essa autorização”, alerta.
O objetivo do projeto é devolver um pouco da alegria e autoestima às pessoas que sofreram com a doença. “As nossas sobrancelhas são as responsáveis pela marca de expressão do nosso rosto e, por serem frágeis, elas são geralmente as primeiras a cair com o tratamento, afetando muito o paciente. Quando elas não voltam, ou voltam com falhas, é ainda pior. Por isso, tive essa ideia, para trazer de volta um pouco da autoestima e da alegria dessas pessoas que já sofreram tanto”, acrescenta Maria Fernanda.
O que é micropigmentação?
Para quem não conhece ou não sabe, a micropigmentação é um procedimento estético que consiste em implementar na derme, que é a camada intermediária da pele, um pigmento especial. Essa técnica pode ser utilizada em várias regiões do nosso corpo, como os olhos, sobrancelhas, lábios, cabeça, entre outras.
“A vantagem da micropigmentação é essa; ela pode ser utilizada em várias regiões, até para a reconstrução de aureola em pacientes que tiveram câncer de mama”, finaliza Maria Fernanda, que é dona do estúdio Make It.