Escolha de carreira também deve considerar mercado

Antes das provas de conhecimento específico, optar por um curso é a primeira pergunta difícil de todo vestibulando. Definir a carreira é uma questão de múltipla escolha em um ambiente marcado pela crescente diversidade de profissões. Especialistas consultados pelo Fórum Estadão Brasil 2018 dizem que a decisão deve equilibrar afinidades e projeções de mercado – como o salário e a oferta de empregos.

“Uma das maiores dificuldades que (os jovens) costumam apresentar é não conseguir resistir às pressões familiares”, alerta Maria da Luz Calegari, autora do livro “Temperamento e Carreira”. De acordo com ela, a melhor saída é optar por uma carreira que traga realização pessoal. “Ao longo do tempo, as profissões mudam, se transformam, evoluem, se desdobram em outras”, diz.

A psicóloga Regina Gattas ressalta que é preciso levar em conta a remuneração da carreira pretendida. “Cada um deve se perguntar: quanto quero e preciso para viver?”, afirma. “Mas o dinheiro não é tudo”, adverte. Segundo Regina, outro passo importante é pesquisar e imaginar as possibilidades de atuação dentro de cada campo de trabalho.

Seis dicas para escolher a carreira:

– Livros, revistas e sites especializados, além de guias das universidades, podem dar outras perspectivas sobre a carreira

– Projetos práticos na escola e atividades extracurriculares são uma boa maneira de iniciar o contato com a carreira pretendida

– Buscar um psicólogo ou especialista pode ser útil. Falar com parentes, amigos e profissionais da área também ajuda

– Gostos e hobbies indicam a sua praia – Exatas, Biológicas ou Humanas. Mas cuidado: lazer e trabalho são bem diferentes

– Além das afinidades, é preciso avaliar o mercado. Salário e possibilidades de emprego são importantes para a escolha

– Para quem está em uma carreira e pretende trocar, não vale ter medo. Mas a mudança deve ser decidida com calma