Novas configurações familiares, como casais separados que compartilham a guarda dos filhos e solteiros que resolvem adotar crianças, têm levado escolas de São Paulo a buscar formas diferentes para marcar o Dia dos Pais, comemorado hoje. Uma das alternativas é o Dia da Família, em que as crianças levam para a escola o familiar que desejarem.

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“As novas configurações mostram que existe diversidade. O desafio é reunir todas essas diferenças na rubrica ‘família'”, diz a psicóloga e pesquisadora Anna Paula Uziel, da Universidade Estadual do Rio (Uerj). Para ela, mudanças na sociedade foram muito influenciadas pela entrada da mulher no mercado de trabalho. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2006, cerca de 35% das famílias eram monoparentais – tinham só um dos responsáveis. Esse índice, há dez anos, ficava em 23%. No mesmo período, o porcentual de uniões legais em que pelo menos um dos cônjuges é divorciado passou de 9% para 13%.

“A vida não é mais uma propaganda de margarina”, diz a empresária Verônica Stresser, ao comentar que sua casa difere do modelo familiar apresentado nos comerciais. Ela é solteira e vive com a irmã, que ficou viúva quando o filho tinha uma semana de vida. Há oito anos, Verônica realizou o sonho de ser mãe e adotou Giovanna. A garota estuda no Colégio Nova Escola, na zona sul de São Paulo, que realizará a Festa da Família no próximo domingo, para não coincidir com o Dia dos Pais.

A Escola Municipal de Educação Infantil Oscar Pedroso Horta, na zona sul, substituiu as comemorações do Dia dos Pais por um Mês da Família. As crianças utilizam desenhos e histórias para expressar sua visão da família. No Colégio Pentágono, a Festa da Família é feita em março ou abril para não ser associada a outras datas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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