Escândalos sobrecarregam pauta do STF e do STJ

Os principais escândalos político-policiais dos últimos tempos terão de ser decididos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Tramitam nesses dois órgãos inquéritos sobre grupos acusados de corrupção, como o do mensalão. Quanto maior a freqüência de escândalos, maior o acúmulo de casos das duas cortes.

O foro privilegiado está previsto na Constituição. Com ele, apenas o STF tem a competência para investigar e processar o presidente da República e seu vice, parlamentares federais, ministros de Estado, o procurador-geral da República, os comandantes das Forças Armadas, integrantes do Tribunal de Contas da União (TCU) e de tribunais superiores, chefes de missão diplomática e o presidente do Banco Central.

No STJ tramitam os inquéritos e processos criminais abertos contra governadores, desembargadores de tribunais e integrantes de cortes de contas estaduais. Os processos contra cidadãos comuns começam na Justiça de primeira instância e só sobem para outros tribunais quando há recurso de sentença.

No caso do mensalão são investigadas 40 pessoas entre empresários, parlamentares, publicitários e ex-políticos. O procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, já denunciou o grupo ao STF, mas o plenário do tribunal ainda não decidiu se será aberta ou não ação penal contra os suspeitos. Com a eventual abertura da ação, eles passarão à condição de réus. Mas isso não significa que serão condenados. A expectativa é de que o julgamento sobre o recebimento ou não da denúncia ocorra em agosto. Outro inquérito que tramita no STF apura um suposto esquema de venda de decisões judiciais favoráveis à máfia dos bingos. O caso está no Supremo porque há suspeitas de participação do ministro Paulo Medina, do STJ.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo