Forças afegãs de segurança anunciaram nesta terça-feira (04) que mataram um suposto comandante militar do Taleban que estaria por trás do seqüestro de 23 religiosos sul-coreanos em julho. Segundo Kazim Allayar, vice-governador de Ghazni, um comandante identificado como mulá Mateen estava entre os pelo menos 16 militantes mortos em choques ocorridos entre ontem e hoje na província, situada na região central do Afeganistão.
Ainda de acordo com Allayar, Mateen teria desempenhado um papel de destaque no seqüestro dos 23 sul-coreanos – dos quais 21 foram libertados e dois, executados -, tendo inclusive participado do estágio inicial das negociações para a libertação dos reféns. Allayar disse que o mulá Abdullah Jan, outro líder taleban procurado sob suspeita de participação no seqüestro, ainda está á solta.
Mas Qari Yousef Ahmadi, que identifica-se como porta-voz do Taleban em contatos com a imprensa, alegou que sete combatentes comuns perderam a vida nos episódios mencionados por Allayar e que não havia nenhum comandante do grupo entre os mortos. Ainda de acordo com Ahmadi, o Taleban não possui nenhum comandante militar chamado mulá Mateen. Ele disse inclusive desconhecer a quem o governo estaria se referindo.
Enquanto isso, três policiais afegãos morreram em ações suicidas entre ontem e hoje. Os ataques contra policiais ocorreram hoje em Kunduz, onde dois morreram, e ontem em Paktika, onde um oficial perdeu a vida.
Atualmente, a violência no Afeganistão encontra-se no pior nível desde que forças estrangeiras lideradas pelos Estados Unidos invadiram o país no fim de 2001 em resposta aos ataques de 11 de setembro daquele ano. Mais de 4.200 pessoas já perderam a vida em incidentes relacionados à insurgência desde o início de 2007, segundo dados fornecidos por fontes locais e ocidentais compilados pela Associated Press.