Os trens já estão todos em Salvador (BA), mas as obras do metrô, que se arrastam há dez anos, sofreram mais uma revisão de cronograma: a previsão de conclusão, antes definida para junho, passou a ser 30 de outubro. Na data, prometem as empresas do Consórcio Metrosal (Camargo Corrêa, Siemens e Andrade Gutierrez), serão iniciados os testes nas linhas de seis quilômetros. Se tudo correr como o planejado, a população terá o novo meio de transporte em novembro ou dezembro.

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Como justificativa para mais um atraso, os problemas tanto da prefeitura quanto das empresas têm tido para acessar os repasses de verbas para as obras, constantemente questionados pelo Tribunal de Contas da União (TCU). “Se as obras não forem entregues no prazo, vamos à Justiça”, disse o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, que participou da reunião com os representantes das empresas, ontem, em Salvador.

O novo adiamento, porém, acarreta mais um problema para a administração pública: a Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), que cuida do armazenamento e da manutenção dos trens enquanto o metrô não começa a funcionar, está pagando R$ 70 mil mensais desde outubro para guardá-los em um terreno nas proximidades do porto.

Com o novo adiamento, além de mais meses de aluguel a pagar, a Conder deve arcar com mais uma despesa. A cobertura do local, para que os equipamentos sejam protegidos dos efeitos do clima – uma exigência feita pela fabricante dos trens, a japonesa Mitsui. “Nesse caso, teríamos um acréscimo de R$ 20 mil ou R$ 30 mil por mês”, afirmou a presidente do órgão, Maria del Carmem, que foi avisada do novo adiamento durante a reunião. “Vamos ter de pensar em um novo contrato.”

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