A distribuição de vacina pentavalente deve ser normalizada até março, informou nesta quarta-feira, 8, o Ministério da Saúde. Como solução provisória, as crianças devem substituir uma das doses do esquema de imunização por uma combinação da vacina adsorvida que protege contra difteria, tétano e coqueluche/pertussis (DTP) com o imunizante contra hepatite B (HB).

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A vacina pentavalente é aplicada nas crianças aos 2, 4 e 6 meses. Os reforços ou complementações em crianças a partir de 1 ano são realizados com a DTP. Ela garante a proteção contra a difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e contra a bactéria Haemophilus influenza tipo b, responsável por infecções no nariz, meninge e na garganta, segundo o Ministério da Saúde.

Caso o esquema vacinal seja iniciado com a combinação de DTP e HB, o reforço terá de ser feito com a pentavalente. O governo classifica a falta da penta como situação que merece “atenção”, segundo uma fonte do ministério, e que exigirá cuidado dos gestores locais para manter o calendário.

O governo espera que as crianças que tiveram de tomar agora a combinação de DTP e HB recebam a pentavalente já na próxima aplicação prevista no esquema vacinal. Como há um intervalo de dois meses entre cada dose, a pasta acredita que terá regularizado a entrega da vacina pentavalente.

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O ministério disse ter liberado 800 mil doses da pentavalente nesta quarta aos Estados. Também afirmou que não há falta de DTP e HB, o que permitiria manter o esquema vacinal, ainda que com a substituição de uma das doses.

Lote barrado

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Parte das remessas de pentavalentes compradas pelo governo foram barradas no ano passado em um teste do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS).

O Ministério da Saúde argumenta que solicitou novas doses, mas criou-se uma lacuna no fornecimento da vacina pentavalente aos Estados por causa do tempo necessário para a produção do imunizante e liberação da carga no Brasil.

“Foi feita nova aquisição de 8 milhões de doses, as quais começaram a chegar de forma escalonada em agosto de 2019 no Brasil. Apesar do pequeno quantitativo recebido nas primeiras entregas, houve distribuição total para os Estados”, informou a pasta. Ainda segundo o governo, enquanto as novas cargas aguardam a liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e testes do INCQS para regularização da distribuição, o Ministério da Saúde orienta os Estados que, a partir deste mês, adotem a vacinação em esquema de substituição. A informação foi dada pela pasta por meio de Lei de Acesso à Informação.

Rede privada

Apesar da falta na rede pública, a vacina pentavalente, que protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e contra a bactéria Haemophilus influenza tipo b, está disponível na rede particular. Segundo a Associação Brasileira das Clínicas de Vacina (ABCVAC), cada dose custa entre R$ 270 e R$ 350 nas clínicas de São Paulo.

A entidade afirma que, embora ainda não haja falta do produto na rede privada, o desabastecimento pode ocorrer já que “não há disponibilidade para novas aquisições de estoque”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.