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Entrega de obra na BR-116 mostra País que queremos deixar para trás, diz Moreira

O ministro da Secretaria Geral da Presidência, Moreira Franco, disse nesta terça-feira, 19, que a entrega do último trecho da duplicação da Serra do Cafezal, na Régis Bittencourt (BR-116), simboliza o Brasil que “queremos deixar para trás”. “Essa obra começou a ser pensada e executada em sua parte administrativa no século passado, na década de 1990 (….) e a entrega de hoje retrata o Brasil que queremos deixar para trás, o Brasil da burocracia, da lentidão, dos privilégios”, afirmou, em cerimônia organizada no Túnel 1 do trecho que acabou de ficar pronto.

Os 10 quilômetros entregues nesta terça pela concessionária Autopista Régis Bittencourt, da Arteris, marcam a última etapa de abertura de novas pistas na Serra, de um total de 30,5 quilômetros que conectam os municípios de Juquitiba (SP) e Miracatu (SP).

A liberação total do tráfego, no entanto, só acontece nesta quarta-feira, 20, porque entre a administradora fará readequações de sinalização da pista antiga (que era de mão dupla) para torná-la de sentido único.

Durante seu discurso, Moreira Franco reiterou que o governo de Michel Temer tem agido para superar os problemas do Brasil “do passado”. Ele destacou, sobretudo, a retomada do emprego. “Conseguimos criar mais de 1 milhão de postos de trabalho, mas isso ainda é insuficiente porque o número de desempregados é muito grande”.

O ministro mencionou ainda a importância de seguir com as reformas propostas. “Já tivemos muitas das reformas aprovadas, mas ainda faltam reformas essenciais, para dar sinalização de que o governo tem condições fiscais, de arrecadação, para garantir salário de funcionários e pensionistas”.

Moreira Franco encerrou seu discurso enfatizando que o crescimento econômico é o instrumento “mais eficaz para garantir os direitos essenciais, sobretudo ao emprego e renda”.

Também participaram da entrega do trecho final duplicado o ministro dos Transportes, Portos e Aviação, Maurício Quintella, o vice-governador de São Paulo, Márcio França, o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Jorge Bastos, o presidente da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), César Borges, o presidente da Arteris, David Díaz, e outras autoridades locais.

Serra do Cafezal

O trecho de 402,6 quilômetros da BR-116 sob responsabilidade do setor privado liga São Paulo a Curitiba, representando o principal eixo logístico entre as regiões Sul e Sudeste e também uma via de escoamento de mercadorias vindas de Argentina, Uruguai e Paraguai.

De acordo com a Arteris, 127 mil veículos circulam diariamente na rodovia, sendo 60% desse tráfego composto por caminhões. Na Serra do Cafezal, o tráfego gira em torno de 25 mil veículos diários.

A duplicação da Serra do Cafezal, que concentra os trechos mais sinuosos da rodovia, começou a ser feita em 2010. Porém, questões com licenciamento ambiental atrasaram as obras, que demandaram investimentos de R$ 1,3 bilhão, com recursos do aporte de acionistas do Grupo Arteris (Abertis e Brookfield) e de linhas de financiamento de longo prazo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

As obras nos 30 quilômetros da Serra incluem ainda quatro túneis, três pontes, 36 viadutos e duas passarelas para pedestres.

A melhoria das condições de circulação na Régis Bittencourt, apelidada de “Rodovia da Morte” na década de 1980, é esperada há pelo menos 40 anos. As obras na estrada começaram a tomar fôlego em 2008, quando a Autopista Régis Bittencourt assumiu a BR-116 após ter vencido leilão da segunda etapa de concessões federais, do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

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