Em Florianópolis, cerca de 20 manifestantes reuniram-se nesta segunda-feira (17) na Catedral Metropolitana, no centro, em solidariedade à greve de fome do bispo de Barra (BA), d. Luiz Flávio Cappio, contra as obras de transposição do Rio São Francisco. Entidades como a Comissão Pastoral da Terra, Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e Grupo de Ação Social Arquidiocesana da capital catarinense apoiaram a manifestação e organizaram-se para divulgar, por meio de panfletos, algumas saídas para à transposição do rio.

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"Existem outras propostas, mas o governo insiste em não ouvir", declarou o integrante do Cimi de Santa Catarina Clóvis Driguetti um dos que jejuavam na Catedral, hoje. "Estamos cumprindo a orientação nacional da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e jejuando por um dia. Gostaríamos de ver reaberto o canal de diálogo entre o governo e a sociedade, representada, neste caso, por d. Cappio, no sentido de discutirmos a revitalização do rio, em atendimento à população de todo nordeste brasileiro", afirmou.

Para a coordenadora estadual da CPT, Ivonete Morais, que também praticou o jejum e ajudou a organizar o ato na capital, a missão foi cumprida. "É muito importante ver nossas idéias sendo discutidas e esperamos que as pessoas do nosso governo se sensibilizem e voltem a discutir a situação do São Chico." No início da noite, foi realizada uma missa na igreja, que marcou o término da abstinência de alimentação e homenageou o bispo de Barra e luta dele.

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