A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) afirmou ontem não reconhecer o resultado da avaliação sobre protetores solares da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Pro Teste). A pesquisa testou os 10 principais produtos vendidos no País e concluiu que cinco não são resistentes à luz e perdem o poder de proteção aos raios UVB após uma hora de sol. Oito das dez marcas foram reprovadas por não resistir à água ou não bloquear raios UVA.
“Não temos uma posição formada sobre os resultados apresentados, pois desconhecemos a metodologia de avaliação. Temos uma série de questionamentos sobre os métodos empregados e tememos que o resultado desestimule o uso do protetor solar”, diz o diretor regional da SBD, Sérgio Schalka.
A ProTeste informou que não divulga a metodologia e o laboratório responsável pela análise por questões contratuais e para não comprometer as pesquisas.
O diretor de desenvolvimentos de produtos da Natura, Victor Fernandes, uma das empresas cujo protetor foi reprovado pelo teste, afirmou ontem que a empresa não foi notificada. Ele também questiona os resultados. “Falamos com os quatro grandes laboratórios brasileiros (que fazem testes) e eles alegam desconhecer o teste da Pro Teste. Desconhecemos a metodologia da avaliação.
A Pro Teste é uma associação civil sem fins lucrativos e tem 200 mil associados. Integra o Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (SNDC), é filiada à Euroconsumers e à Consumers International, as maiores organizações mundiais de defesa do consumidor.