As propostas do governo federal para resolver o nó do ensino médio vão precisar de um investimento quase duas vezes maior do que o da atualidade. Os resultados do grupo de trabalho (GT) formado pelo Ministério da Educação e pela Secretaria Extraordinária de Assuntos Estratégicos para uma reforma na escola apontam para um gasto mínimo, por aluno, de R$ 2 mil. São recursos necessários para formar professores, mudar currículos, incrementar o atendimento de jovens e adultos que deixaram de estudar e alterar o ensino técnico.
O investimento por aluno em 2006, dado mais recente disponível, foi de R$ 1,4 mil. “O maior crescimento de recursos que já ocorreu no ensino médio foi de 2005 para 2006, cerca de 35%. Não temos os dados de 2007 ainda, mas sabemos que a tendência é de manutenção desse crescimento”, disse o ministro da Educação, Fernando Haddad. “Eu estou completamente de acordo com o relatório do GT. Hoje os recursos são muito insuficientes para que se ofereçam as perspectivas de desenvolvimento necessárias aos jovens”, continuou.
Criar alternativas ao ensino médio regular existente hoje é o foco principal do relatório do GT apresentado nesta terça-feira (16), especialmente no atual ensino técnico de nível médio. “Uma escola que ofereça o ensino geral e o técnico terá de oferecer uma capacitação flexível, adequada à economia contemporânea, não ofícios rígidos”, disse o ministro de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger.
