A educação já é a terceira área em que mais ocorrem fusões e aquisições no País. Impulsionados pela venda de suas ações na Bolsa de Valores, grandes grupos de universidades compraram 30 instituições de ensino superior só no primeiro semestre. Em todo o ano de 2007, tinham sido 19 transações, de acordo com levantamento feito pela consultoria KPMG.

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Esse crescimento fez com que, pela primeira vez, o número de aquisições na área de ensino superior fosse quantificado. Até então, eles se enquadravam na pesquisa da KPMG na categoria de "outros". Apenas as áreas de tecnologia de informação e de alimentos/bebidas/cigarros tiveram mais aquisições que a educação brasileira.

O movimento foi motivado principalmente pela abertura de capital recente de quatro grupos educacionais: Anhanguera, do interior de São Paulo; Kroton, conhecida pelo sistema de ensino Pitágoras; Estácio, do Rio de Janeiro; e SEB, proprietária do COC. Recentemente, foi divulgada uma proposta pela compra da Universidade Paulista (Unip), mas o negócio não foi fechado.

O ensino superior privado teve um crescimento de 184% em dez anos no número de instituições. As vagas acabaram aumentando mais do que a quantidade de alunos dispostos a cursar universidade. E o setor mergulhou numa busca ferrenha por estudantes; a concorrência tem feito instituições pequenas, como as Faculdades Associadas de São Paulo (Fasp), fecharem as portas.

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