O enfermeiro Márcio Teles Lima, 27, baleado na última quinta-feira durante uma tentativa de interdição na zona sul de São Paulo, recebeu alta do hospital Alvorada por volta das 18h30 de ontem.
Lima foi atingido na região do ombro. Outras duas pessoas ficaram feridas após Fernando Gouveia, 33, disparar ao menos três tiros e se recusar a fazer a avaliação psiquiátrica.
O oficial de Justiça Marcelo Ribeiro de Barros, 49, foi atingido por um tiro no peito e permanece internado no quarto do Hospital Bandeirantes. Segundo a assessoria de imprensa da unidade, ainda não há não tem previsão de quando receberá alta do hospital.
Além de Barros e Lima, a psicóloga Sílvia Helena Gondim, 45, também ficou ferida ao ser atingida por um tiro de raspão no pescoço. O hospital, no entanto, afirmou que a família dela não autorizou a divulgação do seu estado de saúde.
Ontem, Gouveia foi transferido para a penitenciária de Tremembé (a 147 km de São Paulo). Inicialmente, ele iria para um hospital psiquiátrico, como havia pedido o advogado contratado pela mãe de Gouveia, mas a Justiça de São Paulo suspendeu a transferência após a defesa do administrador, que sofre de esquizofrenia, questionar o laudo que comprova sua deficiência mental.
O complexo de Tremembé abriga condenados e acusados de crimes de grande repercussão como Elize Matsunaga, acusada de matar o marido; Suzane von Richthofen, condenada pela morte dos pais; e o casal Alexandre Nardone e Anna Carolina Jatobá, condenados pela morte da filha de Alexandre, Isabella Nardoni, 5.
O caso
Gouveia atirou em três pessoas na manhã de quinta-feira e depois se trancou em sua casa, na região da Aclimação (zona sul de São Paulo). Ele se rendeu após quase 9 horas de negociação com a polícia.
Os disparos foram feitos contra um oficial de Justiça e um enfermeiro, que estavam no local para cumprir uma ordem de internação contra o atirador, além de uma psicóloga, que morava com ele. A mãe de Gouveia havia entrado com o pedido de interdição após o filho após sair de casa há cerca de dois meses.
Fernando deveria passar por uma avaliação e posteriormente poderia ser internado em uma clínica particular em Itapira (a 164 km de São Paulo). Segundo a polícia, ao ser informado sobre a ordem judicial, Fernando atirou nos três e atingiu o oficial de Justiça na região do tórax, o enfermeiro no rosto, e a psicóloga no braço.