Enfermeiro acusado de matar pacientes tem pena reduzida

Acusado de matar quatro pacientes do Hospital Salgado Filho, no Rio, em maio de 1999, o enfermeiro Edson Izidoro Guimarães teve sua pena reduzida hoje, pela segunda vez, de 69 anos para 31 anos e oito meses.

Os desembargadores da 3.ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do RJ , porém, rejeitaram o pedido de anulação da sentença, imposta ao assassino em setembro do ano passado pelo III Tribunal do Júri, no segundo julgamento ao qual Izidoro foi submetido.

No primeiro, em fevereiro de 2000, o enfermeiro foi condenado a 76 anos de reclusão. Seus advogados recorreram e a pena caiu para 31 anos e oito meses. Como a lei prevê que réus condenados a mais de 20 anos têm direito a um segundo júri popular, Izidoro voltou a ser julgado.

O enfermeiro foi condenado por homicídio triplamente qualificado: motivo torpe e emprego de asfixia e veneno, sem possibilidade de defesa para as vítimas. Ele desligou os aparelhos respiradores de Márcia Garnier Pereira, Maria Aparecida Pereira e Francisca Teresa Coutinho de Oliveira. Segundo a denúncia, teria também injetado dose excessiva de cloreto de potássio em Matias Gomes.

Ao solicitarem a anulação da pena, os advogados de Izidoro alegaram que os jurados teriam sido influenciados pelo ?sensacionalismo da imprensa?. Eles também tentaram invalidar o julgamento argumentando que a principal testemunha dos homicídios, Cátia Rodrigues Honório, não prestou depoimento no III Tribunal do Júri. Para o desembargador Índio Brasileiro da Rocha, entretanto, não há dúvidas de que Izidoro cometeu os crimes.

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