O Inep, órgão do Ministério da Educação (MEC), acaba de anunciar o adiamento das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020. O comunicado foi feito pelo órgão na tarde desta quarta-feira (20).
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“Atento às demandas da sociedade”, afirmou a nota, o Inep e o MEC “decidiram pelo adiamento da aplicação dos exames nas versões impressa e digital. As datas serão adiadas de 30 a 60 dias em relação ao que foi previsto nos editais”. As provas do Enem impresso estavam marcadas para 1º e 8 de novembro e, para a versão digital, nos dias 22 e 29 de novembro.
O Inep confirmou ainda a informação já dada pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, de que seria feita uma consulta pública direcionada aos inscritos do Enem 2020, para definir o melhor calendário para o exame. As inscrições para o Enem 2020 seguem abertas até as 23h59 de sexta-feira, 22 de maio.
Estratégia
Contrariando o desejo de universidades, partidos de esquerda e de senadores, que aprovaram ontem um projeto que previa o adiamento do Enem, mas que precisava passar ainda pela Câmara dos Deputados, o ministro Abraham Weintraub defendia a não alteração das datas.
De acordo com o governo, o adiamento das provas do Enem 2020 traria consequências indesejadas para o estudantes como o atraso nos calendários do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), do Prouni, e do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). O MEC também tinha em conta que 98,6% dos candidatos que pediram isenção de taxa de inscrição têm celular e 75% internet em casa. Ao mesmo tempo, 63% inscritos até agora já concluíram o ensino médio em 2019, ou seja, não dependiam do término do ano letivo, prejudicado pela pandemia, para poder utilizar a nota da prova.
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Prevendo que a matéria poderia ser aprovada nesta quarta-feira, aliados do governo viram como uma estratégia do MEC o adiamento das provas. “Com isso, perde sentido a votação do projeto de lei na Câmara e o governo pode seguir com o plano de perguntar aos inscritos qual seria a melhor data para as provas”, disse uma fonte do MEC.
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