Enéas Carneiro, que fundou o Prona, é cremado

Foto: Agência Câmara

Enéas: médico e deputado.

Rio – O corpo do deputado federal Enéas Carneiro (PR-SP) foi trasladado para a capela nove do Memorial do Carmo, no bairro do Caju, zona portuária do Rio de Janeiro, para o crematório às 13h30 de ontem. A cerimônia religiosa e a cremação foram reservadas à família.

 De acordo com assessores do PR, a família cumpriria o desejo do deputado de ter suas cinzas espalhadas pela Baía de Guanabara. Enéas morreu no domingo, às 14 horas, no Rio, no apartamento de sua família, vítima de leucemia.

A dentista Luciana de Almeida Costa assumirá a vaga do deputado Enéas na Câmara. A suplente do PR (fusão do Prona com o PL) obteve 3.980 votos nas eleições do ano passado e era assessora de Enéas. Luciana tem 33 anos e é formada em Odontologia. Natural de Barretos, concorreu à vaga de deputada federal pelo Prona, partido fundado por Enéas em 1989 e que em 2006 se uniu ao PL. Passaram pelo velório parlamentares como os deputados federais Jair Bolsonaro (PP-RJ), Jorge Bittar (PT-RJ), Valdemar Costa Neto (PR-SP) e o ex-presidente da Câmara Aldo Rebelo (PC do B-SP). Pouco menos de 100 pessoas acompanharam a saída do corpo.

Acreano, Enéas vivia no Rio há cerca de 40 anos. Médico cardiologista, ele dava aulas no Rio e em São Paulo, cidade onde também mantinha residência. Apesar de o deputado ter sido eleito pelo Estado de São Paulo, ele passava mais tempo no Rio, onde moram duas de suas três filhas. Debilitado pelo tratamento contra leucemia, ele decidiu deixar o hospital Samaritano, no bairro de Botafogo, zona sul do Rio – onde fez exames há quatro dias -, e permanecer em casa, no bairro das Laranjeiras, também na zona sul.

Em 2002, o médico cardiologista Enéas Carneiro (PR-SP) foi o deputado federal mais votado da história do País, com 1,5 milhão de votos. O deputado iniciou sua carreira política em 1989. Segundo ele, por insistência da esposa, que afirmava estar cansada de ouvir o marido reclamar dos políticos e da situação do País. Neste mesmo ano, criou o Partido de Reedificação da Ordem Nacional (Prona) e ficou conhecido pelo bordão ?Meu nome é Enéas?.

Médico cardiologista, Enéas era filho de um barbeiro e uma dona de casa e nasceu em Rio Branco, no Acre. Aos nove anos, perdeu o pai e começou a trabalhar para ajudar a família. Aos 20 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde cursou a Escola de Saúde do Exército e, em 1959, graduou-se como terceiro-sargento auxiliar de anestesia.

Deixou o Exército em 1965 e, no mesmo ano, formou-se na Faculdade Fluminense de Medicina, com especialização em cardiologia. 

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