Já são 2,9 mil pessoas desabrigadas pela cheia do rio Acre. Em Rio Branco, o Parque de Exposições, local para onde estão sendo levadas as famílias atingidas, já opera no limite: 2.934 famílias foram acolhidas no local. De acordo com o último boletim divulgado pela Defesa Civil de Rio Branco, o rio Acre está medindo 16,62 metros. A cheia atingiu 8 mil imóveis em 33 bairros e comunidades rurais.
“É preciso que a população se prepare para o pior”, declarou o prefeito de Rio Branco, Raimundo Angelim, ao assinar, na última quinta-feira, o decreto formalizando o Estado de Emergência para o município. A declaração do prefeito é fundamentada em dados técnicos. Na cabeceira do rio Acre, localizada na divisa entre Acre e Peru, as chuvas não param. No município de Assis Brasil, a prefeitura já suspendeu as festas de carnaval para atender às vítimas da enchente.
A cidade peruana vizinha a Assis Brasil, Iñapari, tem 3 mil desabrigados. Todos pobres ou extremamente pobres. Outros afluentes do rio Acre próximos à capital, como o Riozinho do Rôla, já transbordaram. Projetos de Assentamentos em regiões ribeirinhas estão com várias famílias sendo retiradas do isolamento por equipes da prefeitura.
O rio Purus, em Boca do Acre (AM) recebe as águas do rio Acre. E já transbordou. Isso significa que são grandes as possibilidades de as águas ficarem represadas em Rio Branco.
O Ministério da Integração Nacional enviou dois técnicos do Grupo de Apoio a Desastres para avaliar a situação da enchente na capital e em alguns municípios.
Articulação política feita pelo Governo do Acre garantiu apoio do Governo Federal às vítimas da enchente. De acordo com o Governo Federal, uma aeronave C-105 Amazonas da FAB decolou hoje à tarde do Aeroporto de Brasília. A missão é cumprida por 31 bombeiros com especialidade em atendimento pré-hospitalar e também especialistas do Grupo de Busca e Salvamento da Força Nacional. Na aeronave, barracas e remédios para acolhimento das famílias.