As cinco empresas de ônibus que tiveram as garagens bloqueadas por motoristas, cobradores e funcionários de manutenção nesta quarta-feira, 21, detêm 62% da frota concessionada da capital paulista.
Dados do sindicato patronal das operadoras de ônibus de São Paulo (SPUrbanuss) mostram que, dos 8.350 veículos operados pelas concessionárias em março, 5.226 pertencem às empresas paralisadas, ou seja, Santa Brígida (832 coletivos), Gato Preto (439), Sambaíba (1.285), Via Sul (808) e VIP (1.862).
Essas empresas operam nas zonas oeste, norte, sul e central. Em março, por dia, elas transportaram juntas 3.338.663 passageiros em média, de um total de 5.469.794 usuários.
Nem todos os ônibus dessas empresas deixaram de circular. Por volta das 9h45, a reportagem viu um coletivo da Gato Preto com passageiros na Barra Funda, na zona oeste.
Segundo Valdevan Noventa, presidente do sindicato dos motoristas e cobradores, cerca 30% dos trabalhadores estão paralisados.
Além dos concessionários, há outro sistema de ônibus da cidade, o de permissão, gerido pelas cooperativas. Essa rede tem cerca de 6 mil veículos e não está paralisada.
Terminais
A SPTrans confirma dez terminais de ônibus paralisados nesta quarta-feira na cidade de São Paulo, por causa da greve de motoristas e cobradores. Os terminais parados são: Sacomã, Mercado, D. Pedro, Lapa, Casa Verde, Pinheiros, Pirituba, João Dias, Grajaú e Santo Amaro.