Registrando queda no número de turistas em comparação ao ano passado e sem investimentos públicos para a festa da virada, Florianópolis terá um Réveillon modesto. Após o anuncio do prefeito Cesar Souza Júnior (PSD) de que o município não faria investimentos públicos para o evento para poder garantir o pagamento do funcionalismo público, empresários da cidade se reuniram para garantir a tradicional queima de fogos na Beira-Mar Norte.
Neste ano, serão 15 toneladas e 10 minutos a menos de fogos que no ano anterior, quando a cidade realizou a maior queima do país com 22 minutos de luzes e fogos. Para o empresariado, manter a realização da festa traz visibilidade para a cidade turística:
“A mídia que o Réveillon proporciona para a cidade é importante para manter Florianópolis na rota do turismo”, diz Estanislau Bresolin, presidente da Fhoresc (Federação dos Hotéis, Bares e Similares).
Em 2014 a Prefeitura de Florianópolis investiu R$ 6,5 milhões e em 2015 R$ 4 milhões para a festa da virada. Este ano, a municipalidade vai apoiar apenas com infraestrutura e segurança. No início de dezembro, o prefeito Cesar Souza Júnior anunciou que o município cortaria verbas do Natal, Réveillon e Carnaval de 2017 para conseguir honrar a folha dos servidores.
A festa deste ano foi capitaneada pelo empresário Ronaldo Daux (Hotel Majestic), da tradicional família que impulsionou o turismo na cidade na década de 1970 e 1980, que contou com o apoio de pelo menos outros 15 empresários que vão desde lojas de departamentos, hotéis, empresas de comunicação e imobiliárias. Somente na queima de fogos, os empresários afirmam que serão investidos R$ 300 mil.
Aposta nos Hermanos para recuperar queda no turismo
A temporada de 2015 e 2016 foi uma das melhores das últimas décadas em Florianópolis, quando a registrou uma taxa de ocupação na rede hoteleira em torno de 90%. Já neste ano, a queda está em torno de 30%, podendo chegar a 60% em algumas regiões da cidade.
A diminuição no fluxo de pessoas também é sentida no Aeroporto Internacional Hercílio Luz, onde a Infraero aponta queda de 10% nos embarques e desembarques entre dezembro e os primeiros dias de janeiro. Entre os turistas nacionais, a cidade é mais procurada por gaúchos, que enfrentam grave recessão como atraso de salários, e paulistas, que este ano vieram em menor número.
A expectativa do setor hoteleiro e dos comerciantes locais, agora, está na vinda dos argentinos, que costumam chegar em janeiro, após as festas. Ano passado, o estado recebeu oito milhões de turistas, 1,5 milhão vieram da Argentina e passaram pela Capital.
A Flecha Bus, principal empresa argentina de ônibus de turismo, aponta que 90% da frota com destino a Florianópolis está ocupada. No ano passado, a empresa contabilizou 20 ônibus diários durante o mês de janeiro para a Capital catarinense.
Programação na Beira-Mar Norte
Atrações musicais vão das 22h até a 1h
21h – DJ Alexandre Sandall
22h – Cantor Maurício Cavalheiro
23 – Sambaí
0h Show de Fogos
0h – DJ Felipe Fagundes
