Os empresários industriais estão divididos quanto à forma de eliminação da CPMF, admitiu nesta terça-feira (23) o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro. "Defendemos a extinção da CPMF. O que se discute é como isso se daria", disse ele no encerramento do II Encontro Nacional da Indústria. A CNI defende que a prorrogação da CPMF deve ser aprovada, mas a alíquota deve ser reduzida, de imediato, de 0,38% para 0,20%. "É inaceitável a proposta de manutenção de 0,38%", disse.
Durante os debates do Encontro Nacional, no entanto, essa proposta não foi consenso. Um grupo de empresários liderados pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) defendeu que todo o desconto da contribuição sobre transações financeiras seja integralmente convertido em crédito tributário. Na prática, eliminaria o peso da CPMF sobre a carga tributária e a contribuição serviria, apenas, como instrução de fiscalização e não mais de arrecadação para o governo.