O empresário Belarmino de Ascenção Marta, de 80 anos, proprietário de empresas de transporte, foi libertado do cativeiro após 31 dias. Ele estava em uma casa no bairro de Parelheiros, na zona sul de São Paulo, e foi encontrado pela equipe da Delegacia Especializada Antissequestro de Campinas (DEAS), com o apoio da Delegacia Antissequestro (DAS) de São Paulo, na noite da segunda-feira, 7.

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O empresário estava em um quarto pequeno, com grades e sem luz natural e sofreu tortura psicológica. Segundo ele contou à polícia, em um momento um dos homens que fazia a sua guarda ligou uma serra elétrica e ameaçou matá-lo. Três sequestradores foram presos e dois estão foragidos.

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A vítima é dona da Sambaíba, que atende as zonas norte e centro de São Paulo e transporta cerca de 780 mil pessoas por dia, da Rápido Luxo, em Campinas, da Lirabus, que faz traslados entre Campinas e os aeroportos de Viracopos, Congonhas e Cumbica, e da Viação São José, em Franca (SP). Não houve pagamento de resgate.

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Belarmino Marta foi sequestrado no dia 8 de outubro no estacionamento de um restaurante às margens da Rodovia Anhanguera (SP-330), no km 72, em Louveira (SP). Três homens o abordaram assim que ele chegou ao local e o levaram, em um Nissan Livina clonado.

O caso teve seu desfecho na noite de segunda-feira, quando os suspeitos Jorge Luiz Talarico, dono de uma empresa de segurança na Vila Romana, na capital, e José Hilton dos Santos foram presos na Estrada do Alvarenga, quando trafegavam em um carro. No veículo, os policiais apreenderam duas armas – uma pistola ponto 380 e um revólver calibre 38, além de R$ 6 mil em dinheiro.

Após a detenção, eles indicaram o local do cativeiro, na área rural de Parelheiros, onde também foi detido Ronaldo Paulino. Ele fazia a guarda do empresário. Dois outros criminosos que também cuidavam do cativeiro estão foragidos: Wanderlândio Coelho da Silva e Fábio Luís da Silva.

Segundo o delegado Kleber Altale, diretor do Deinter-2, em entrevista coletiva nesta terça-feira, na sede da DEAS, “a quadrilha utilizou técnicas que atrapalharam em muito as investigações”, o que mostra que eles tinham especialização. Dois dos sequestradores têm passagem pela polícia: Talarico é acusado de homicídio de um auditor da Receita Federal, em 2006, e Santos já foi condenado por estelionato. O empresário perdeu peso e está abatido, mas passa bem.