Porto Ferreira – A estudante W.A., de 17 anos, aluna de escola em Porto Ferreira, foi convidada por duas vezes a participar das festas em que havia orgias com adolescentes de 11 a 16 anos, organizadas por políticos e empresários da cidade. No início deste ano, ela caminhava na frente do prédio da Prefeitura, quando o empresário L.D.T. a chamou pelo nome. “Vamos fazer um churrasco entre amigos e garotas num rancho próximo. Você não quer participar?”, convidou. Ela não aceitou. Ao chegar em casa, contou para os pais. “Minha mãe não gostou nem um pouco da história e me aconselhou a ficar afastada do homem.” W. revelou ainda que o empresário, em locais diferentes, chegou a fazer o mesmo convite para quatro de suas amigas. Todas estudavam com ela. “Apenas uma aceitou. Depois disso, ela sumiu da escola.” Há um mês, desde que o Ministério Público denunciou a existência da rede de exploração sexual de Porto Ferreira, mães e professores não se cansam de aconselhar as jovens a não conversar com estranhos. Até agora, 17 pessoas foram denunciadas por estar envolvidas no aliciamento e abuso sexual de meninas, mas só 12 tiveram a prisão decretada.

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