A campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode ter contado com ajuda financeira de R$ 1,5 milhão da empresa Iesa Gás & Óleo, uma das três acusadas de ligação com o esquema de fraudes em contratos da Petrobras descoberto pela Operação Águas Profundas, da Polícia Federal. A revelação foi feita pela própria reitoria da empresa, nesta quinta-feira (11).
O R$ 1,5 milhão não foi declarado nas prestações de contas oficiais da campanha do presidente nem do comitê financeiro eleitoral do PT entregues ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Isso porque foi contabilizado como doação partidária. Ela foi feita em três pagamentos: R$ 500 mil em 12 de setembro do ano passado; R$ 562 mil em 26 de setembro e R$ 500 mil no dia 22 de novembro.
O secretário de finanças do PT, Paulo Ferreira, disse que não saberia informar ontem o destino exato desse R$ 1,5 milhão, mas que, em regra geral, as doações de pessoas jurídicas à legenda têm dois destinos: ?Parte é usada para campanhas institucionais do partido e parte é repassada para as campanhas estaduais?. Ele explicou que em alguns casos o dinheiro foi para os cofres da campanha de Lula, mas isso representava uma pequena quantia.
A empresa argumentou que fez a doação à campanha presidencial ?de maneira consciente, pois foi o governo Lula que abriu o mercado de petróleo e gás para as empresas nacionais?. A Iesa Óleo & Gás, um braço da Iesa Projetos, Equipamentos e Montagens, informou que entrou no mercado em 2005, quando os negócios estavam propícios ao setor, graças à atuação do governo petista.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo