Uma enorme estrutura clandestina de furto de água para abastecer estaleiros, navios e plataformas de petróleo foi identificada pela Companhia Estadual de Água e Esgoto do Rio de Janeiro (Cedae), em parceria com investigadores da Polícia Civil e Militar.

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Em investigação realizada nos últimos meses, a Cedae identificou a empresa Transmar Rio Transporte Marítimo, localizada na região do Caju, zona portuária do Rio, como fraudadora.

Apesar de ter matrícula na Cedae desde janeiro de 2004, a Transmar nunca pagou conta. Para desviar a água, a empresa retirou o hidrômetro e fez uma ligação clandestina, conhecida como “gato”, de três polegadas de diâmetro na tubulação regular.

A água era comercializada por meio de dois carros-pipa, ambos com capacidade para 30 mil litros. Um dos caminhões foi apreendido na operação e o motorista levado à delegacia para prestar esclarecimentos.

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Na operação denominada “Gato Offshore”, a equipe flagrou o movimento intenso de carga e descarga dos carros-pipa. Enquanto um era abastecido na Transmar, o outro descarregava a água em uma empresa próxima, a Bric Log, um estaleiro de médio porte, que adquiria a água vendida pela Transmar para abastecer as quatro cisternas da empresa.

No momento da apreensão, as quatro cisternas estavam cheias, totalizando dois milhões de litros de água. Uma apuração mais detalhada vai permitir analisar há quanto tempo a companhia vem atuando e qual o volume furtado, para determinar o valor da multa. Os sócios da empresa responderão processo criminal. Nenhum deles foi encontrado para comentar o assunto.

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“Ligações clandestinas contribuem para desabastecer algumas localidades, além de causar grande prejuízo nos cofres da Cedae”, afirmou o presidente da companhia, Wagner Victer.